Ao cumprir agenda em Brasília e São Paulo, o Governador do Ceará, Camilo Santana (PT), sinaliza posicionamento político que prioriza os interesses da população acima de conflitos político-partidários ou ideológicos.
Em Brasília, o encontro foi com o Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, a quem garantiu que o Ceará deve seguir o plano de vacinação contra a Covid-19 proposto pelo Governo Federal. Em São Paulo, acompanhado do Chefe da Casa Civil, Chagas Vieira, Camilo teve importante reunião com Governador João Dória. Parceria com o Instituto Butantan foi a principal pauta do encontro. O objetivo é disponibilizar, o quanto antes, para a população do Ceará a vacina da chinesa Sinovac. Mas o Governador garantiu que pretende adquirir mais de um tipo de imunizante, contanto que tenha sido aprovado e registrado definitiva ou emergencialmente.
Em apenas dois compromissos, de grande interesse para o cearense, Camilo Santana demonstra desenvoltura e prestígio ao ser ouvido por duas gestões ideologicamente opostas: a do Presidente Jair Bolsonaro (sem partido), representado por seu fiel ministro Pazuello, e a do Governador João Dória (PSDB), antigo aliado do presidente e hoje seu arqui-inimigo.
Além disso, Camilo emite incisivo recado para os que ainda nutrem a improdutiva discussão entre “saúde e economia”. É fundamental para a economia do Estado o investimento na saúde da população. O pensamento acabou sendo confirmado pelo presidente do Banco Central do Brasil ao participar do evento GZero LatAm Forum 2020, promovido pela Eurasia Group. Roberto Campos Neto disse que é mais barato comprar vacina do que prorrogar o auxílio emergencial mantido pelo Governo Federal.
O Chefe do Executivo cearense mantém, portanto, seu estilo “Camilo de ser”: no diálogo, a sua principal ferramenta de trabalho; nos compromissos, os passos de um estadista.