Relatório da Organização das Nações Unidas, divulgado nesta segunda-feira (8), alerta para o aumento de pessoas que estão à beira da fome: 45 milhões em 45 países. A informação está no Diário do Nordeste. No início do ano, eram 42 milhões de famintos. A elevação se deve às questões políticas no Afeganistão, onde cerca de três milhões não têm o que comer, de acordo com o Programa Mundial de Alimentos (PMA). O diretor executivo da instituição, David Beasley, afirma que as mudanças climáticas e a Covid-19 estão entre as principais causas do aumento da fome no mundo. Com isso, cresceu também o custo para amenizar o problema: US$ 7 bilhões. No início do ano, os números apontavam para US$ 6,6 bilhões. Os cálculos são do PMA. Beasley fala das atitudes extremadas das famílias na luta pela sobrevivência: “Eles casam os seus filhos antes do tempo, retiram da escola, alimentam crianças com insetos e cactos, e há relatos até da venda dos filhos numa tentativa desesperada de sobreviver”. O relatório da agência para alimentação da ONU denuncia o aumento da fome também na Síria, Eti´ópia, Haiti, Somália, Angola, Quênia e Burundi.